Destaques


Acto Troglodita e Pata na Poça

Assistimos ao mais profundo acto de falta de civismo ao ouvirmos um primeiro ministro; que em nada era candidato, interromper mal educadamente a declaração final do segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais.

Houve desculpas pelo facto, alegada ignorância de que um candidato estava a falar quando um não candidato irrompeu como um portador do facho olímpico. Mas desculpas destas são boas para quem não paga impostos, pois que todos conhecemos a existência do exército de conselheiros, os quais, pelo que devia ser e para o que são pagos, não ganham o dinheiro dos contribuintes senão para cumprirem as suas funções, das quais essa faz parte integrante. Pelo que teremos de mais uma vez notar que, afinal, também eles fazem parte integrante dos mais de 2000 parasitas que mudam com a mudança dos governos, não por serem competentes, mas apenas por pertencerem aos partido que lá os colocam a serem pagos com o nosso dinheiro, a maioria deles a atrasarem o país devido à sua incompetência.

Tanto pelos políticos como pelos jornalistas foi-nos escondido o facto de que em protocolo nenhuma desculpa de que género for é admitida. Regra mundial. Pelo que as desculpas apresentadas só servem para tolos e ignorantes, ou seja, aquilo pelo que os políticos e os jornalistas nos tomam. Para além de tudo isto, não deixa de ser um acto selvagem as televisões terem tomado a iniciativa de, em noite de eleições ter atropelado o discurso dum candidato para apresentar uma alocução despropositada dum "outsider". Jornalistas de televisão já condenaram o facto, como se pode constatar no programa Clube de Jornalistas, apresentado em 26-1-2006 no canal dos dois pontos.

Após termos seguido a história mais desmiolada da decisão pueril do partido Socialista em apoiar Mário Soares nas eleições presidenciais, após ter feito meia volta sobre o digno Manuel Alegre, querendo assim desvirtuar e enxovalhar um homem que é um exemplo da honestidade, um símbolo de um 25 de Abril que os seus pares transformaram num sistema que não passa duma fantochada de democracia e de pasto para aves de rapina gananciosas. Que falta de previsão já anteriormente assinalada neste site. Não é que Mário Soares seja indigno, foi o homem da sua época e não o da que decorre, falta de visão, de noção e de discernimento. Foi a divisão do partido para os eleitores. Foi também uma ajuda à direita para empurrar um presidente. Sabendo-se, como se sabe, que em Portugal a esquerda é largamente maioritária, sem ajuda nunca chegaria a eleger um presidente desse lado da barricada. Não foi esta a única ajuda, evidentemente, houve outras, mas contou.

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Alta Corrupção Descarada e Ultrajante

Administradores da REFER foram há pouco tempo exonerados por justas razões. Foi-lhes paga uma indemnização principesca, coroada por um subsídio real de Natal. Adicionalmente, foram-lhes atribuídos outros cargos ainda mais bem remunerados.

Não são estes casos isolados nem excepções, desenganemo-nos, é a norma aplicada pelos políticos dos governos que têm sido eleitos, sem excepção. Todos aqueles que fazem parte do grupo “Políticos & Amigos” merecem tratamento especial do género. Casos como estes são de uso corrente, duma banalidade repugnante e acontecendo com frequência regular. Os despedimentos são encenados, abrindo assim aos alvejados (recompensados) o acesso a uma prémio de razão unicamente política ou polítco-partidária, composto por uma choruda indemnização e uma promoção a uma posição com maior remuneração e ainda melhores condições. Forma-se assim um ciclo vicioso em que os “Políticos & Amigos” vão progredindo a partir dos lugares “mais modestos”, rodando e sendo promovidos nos seus percursos, não de acordo com as suas capacidades profissionais, mas com as suas influências e amizades políticas. Seguem, assim, um caminho através das altas posições das grandes empresas do Estado, administradas por governos formados por políticos na sua maioria corruptos. Mesmo que alguns casos de choques partidários aconteçam de quando em vez, a crua realidade é que tal esquema não poderia ter continuidade sem uma certa conivência entre os próprios partidos que disputam o bolo. Muito similar às relações entre empreses congéneres que controlam o mercado e violam as leis da concorrência. Estratagema provadamente eficaz. Há muito que a corrupta criatividade política fez uma tradição destes casos e doutros semelhantes.

Em suma, em Portugal, os incapazes, os corruptos, os parasitas e outros bandidos de alta classe e calibre são sempre recompensados. Belos exemplos nos dão os nossos governantes. Será por eles mesmos serem assim que acham tais procedimentos normais e louváveis? Em conclusão, em Portugal, para se triunfar na vida há que ser como aqueles que vemos assim galardoados. Que outro ensinamento pode a juventude retirar de tais acontecimentos, como se não lhes bastasse já as boas palavras dos pais apoiadas por exemplos do tipo dos que aqui se observem? Como Barrabás?

A continuação de casos semelhantes demonstra a vontade dos governos em não só manter, mas ainda incrementar a disparidade entre ricos e pobres, sacando o dinheiro da algibeira dos contribuintes e entregando o produto do roubo aos ricos. No mínimo, teremos de reconhecer que temos aqui um caso contrário à lição histórica tradicional Robin Hood e de outros no género que roubavam aos ricos para dar aos pobres. Pois… mas isto é Portugal, os outros pobres que tratem deles por meio de doações populares como a deste fim de semana para o Banco Alimentar. Não devemos sentir-nos orgulhosos por sermos portugueses, como a ideia os políticos nos incutem, para que, contentes, votemos neles? Pois…

Felizmente, nem todos os políticos são corruptos e até os há bem sérios e da máxima confiança. O problema reside no facto de que estes últimos são as excepções que provam a regra.

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Os Estranhos Casos da Casa Pia

Não se vai aqui discutir o processo da Casa Pia, mas à parte o que decorre em tribunal, há casos da maior importância que estão a ser completamente ignorados pela justiça. É disso que se trata.

Foi amplamente falado ao princípio e logo a seguir esquecido, por isso é do conhecimento e do esquecimento gerais. Em 1980, o General Ramalho Eanes, então Presidente da República, acompanhado pela sua esposa, presidente duma entidade de Protecção da Criança, fez uma visita à Casa Pia. Durante essa visita, algumas das crianças que lá residiam e vítimas de abuso sexual tiveram a coragem de se aproximarem destes dois visitantes e de se lhes queixarem sobre os abusos sexuais de que eram vítimas.

Este facto publicado, reconhecido e do conhecimento geral, não pode deixar de dar lugar a certas perguntas, conclusões e comentários.

Perguntas baseadas apenas no assunto e facto do conhecimento geral, mas que parece terem sido esquecidos para conveniência de alguns.

1ª Pergunta: Que se passou em seguida e que medidas foram tomadas pelo Presidente da República e pela presidente duma organização cuja finalidade reside no seu próprio nome?
Resposta: Segundo o que se seguiu, nada, pois que as crianças continuaram a ser abusadas tal como precedentemente e de acordo com as datas citadas em julgamento.

2ª Pergunta: Que se passou mais tarde?
Resposta: Nada, nunca nada mudou até ao dia em que o escândalo deu origem ao processo que se conhece. Os primeiros responsáveis de nada foram acusados.

3ª Pergunta: Quem eram os responsáveis pelo que acontecia na Casa Pia e que contas deram eles à sociedade e à justiça?
Resposta: Os responsáveis eram a Secretária de Estado de que a Casa Pia dependia, em nome do Estado e a esposa do Senhor Presidente da República, que ouviu a queixa apresentada ao seu esposo. Pelo seguimento nenhum deles actuou, tomando as medidas necessárias a fim de pôr fim a tal situação ignóbil.

4ª Pergunta: Que medidas de justiça foram tomadas sobre quem cientemente e em perfeito conhecimento de causa permitiu a continuação do abuso das crianças da Casa Pia?
Resposta: Uma medida foi tomada, mas apenas muito recentemente. A esposa do então Presidente da República e ainda hoje presidente da mencionada entidade da Protecção da Criança, foi receber recentemente um prémio pela sua acção no domínio do bem fazer da instituição a que preside, o que inclui a permissão da continuação do abuso das crianças da Casa Pia.

Conclusões baseadas no que é do conhecimento geral, segundo as perguntas e respostas precedentes.
Em Portugal continua a ser-se intocável quando se é alto dignitário, se ocupa um alto cargo ou se é simplesmente político fazendo ou não parte dum governo. A impunidade é garantida a qualquer criminoso ou responsável por crime, até quando se permite a perpetração de crimes que todos considerem como entre os mais repugnantes.

Comentário baseado nas conclusões precedentes.
Não faz este caso lembrar um outro sobre a responsável pela morte de hemofílicos, que já em 2005 recebeu uma alta condecoração das mãos do Presidente da República. Foi certamente o eco do clamor de justiça pela parte dos familiares dos mortos que lhe valeu a dita condecoração. Os políticos dos governos julgam-se a si próprios e atribuem-se prémios pelos seus actos infames. Formam uma oligarquia que reina omnipotente, desprezando leis e princípios. Espezinham o ideal e as bases da democracia e dizem-se democratas e defensores daquilo que matam e de que se servem como autênticos parasitas que são, vivendo à custa dos impostos que extorquem ao povo que os alimenta e os enriquece. Para que serve a justiça em Portugal? Apenas para condenar os pobres com direito cada vez mais restrito a apoio judiciário, a quem são atribuídos advogados estagiários pueris e ignorantes? Mais polícias na rua para melhor defender quem rouba os pobres! No processo da Casa Pia apenas se julga a raia miúda. A graúda tem sido progressivamente ilibada e isentada. Justiça portuguesa que merece a consideração geral da população, tal como se conhece. Haverá ainda quem ouse chamar a este regime uma democracia?

De certo que há políticos honestos, que merecem a nossa consideração, confiança e apoio. Só que são poucos e são muitas vezes arrastados para a corrupção pelos seus próprios correligionários. É-lhes muitas vezes impedida uma actuação digna pelos seus próprios confrades, como se verificou com António Guterres considerado em todo o mundo, impossibilitado de levar qualquer decisão nobre a boa conclusão e esfaqueado pelas costas no seu país corrupto, com o consentimento dos seus próprios pares. Nojo de classe oligárquica maldita e anti-democrática.

De certo que há políticos honestos, que merecem a nossa consideração, confiança e apoio. Só que são poucos e são muitas vezes arrastados para a corrupção pelos seus próprios correligionários. É-lhes muitas vezes impedida uma actuação digna pelos seus próprios confrades, como se verificou com António Guterres considerado em todo o mundo, impossibilitado de levar qualquer decisão nobre a boa conclusão e esfaqueado pelas costas no seu país corrupto, com o consentimento dos seus próprios pares. Nojo de classe oligárquica maldita e anti-democrática.

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Taxas Exploradoras

Não é sobejamente conhecida de todos a situação em que funcionam os centros de saúde, quanto tempo se espera e as dificuldades tidas para obter uma consulta? Por outro lado, não são os próprios médicos que passam credenciais para encaminharem os seus pacientes para os serviços de urgência, devido aos tempos de espera para as consultas de especialidades nos hospitais? Pretender ignorar estes factos são afrontas e demonstrações de desprezo para com os cidadãos em geral, que só podem ser provenientes dum politico

Então, não se pergunta por que é que as pessoas se dirigem às urgências em vez dos centros de saúde? Que falsidade declarada! Que teatro de mentira e logro! Vista a maneira como os centros e saúde funcionam, é bem claro que a razão da medida tomada é, pois, evidente e unicamente com o propósito de restringir o acesso dos que mais necessitam aos cuidados essenciais de saúde. Tendo em consideração a importância do assunto de que se trata (a saúde de cada um) e a necessidade da ajuda, tais declarações atingem as raias da malvadez.

Isto à parte, é mais um caso como com tudo o mais, aliás. Quer-se que os habitantes dos arredores que vão trabalhar nas grandes cidades deixem os seus veículos nas localidades em que residem e se desloquem nos transportes públicos. No entanto, as medida tomadas vão no sentido contrário. Os parques de estacionamento que existem junto aos transportes públicos destinados a esses residentes deixarem os seusveículos, quando existem são poucos, são pequenos e são pagos. É esta a melhor medida tomada para evitar o que, mentindo, se diz querer. Posto sair mais caro e ser mais inconveniente, melhor levar o veículo.

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A Revolução em França

Conhecendo o procedimento da França durante as últimas quatro décadas, ninguém se pode admirar do que acontece agora. Só nos podemos admirar como tal estado não tenha sido atingido anteriormente ou como levou tanto tempo a acontecer.

Com efeito, logo a partir do início da década de 1960, quando a França quis relançar a sua indústria automóvel, para resolver a falta de mão-de-obra o governo apoiou os industriais em irem recrutá-la no norte de África, sobretudo na Algéria. Para albergar tantos milhares de novos imigrantes, os governos construíram verdadeiras cidadelas nos arredores das fábricas. Enquanto a indústria automóvel francesa foi de vento em poupa, estes operários tiveram uma vida próspera. Todavia, foi sol de pouca dura. Ainda na década de 1970, essa indústria começou a mostrar sinais de fraqueza. As exportações começaram a baixar. Já logo ao princípio da década de 1980, vários países deixaram de importar as marcas francesas, incluindo o maior mercado mundial, os E.U.A., "largando" primeiro a Renaud e por fim a Peugeot. Ao fim de alguns anos, a indústria automóvel francesa viu-se reduzida aos consumidores nacionais e às exportações para países declaradamente atrasados, como Portugal, e para as suas antigas colónias, sobretudo as africanas, com quem tinha celebrado contratos de exclusividade, os quais tiveram de caducar com a abertura mundial do comércio.

A indústria automóvel mundial sofrera grandes avanços técnicos e tinha-se automatizado quase por completo, continuando a fazer progressos que os industriais franceses não acompanharam. As fábricas francesas, não tendo acompanhado a evolução, não conseguiram resistir. (Situação em muitos pontos semelhante ao que se tem passado em Portugal quanto ao uso dos fundos europeus para reestruturação e outros do género feitos pelos governos anteriores, sendo, evidentemente, os maiores responsáveis, aqueles que mais tempo duraram, com o de Cavaco e Silva à cabeça, em que a corrupção não só delapidou todos os fundos, como se serviu deles para enriquecer políticos & amigos. Quem não se lembra das herdades e outras propriedades compradas, dos veículos mais caros adquiridos, de tantos novos-ricos, de reformas para quarentões, etc.?)

Estes acontecimentos económicos provocaram despedimentos em massa, a perda de emprego dos norte africanos importados, a degradação rápida dos edifícios onde residiam, etc. Os governos, há quase trinta anos que conceberam projectos de reconstrução e de recuperação de prédios que se tinham tornado antros, de realojamento daqueles que tinha ido buscar aos seus países e que abandonou. Projectos sem seguimento. Os desempregados começaram a vaguear e muitas vezes a roubar para comer e alimentar as famílias, Os seus filhos cresceram num ambiente completamente degradado e de profunda miséria. Tornaram-se excluídos da sociedade. Sem preparação escolar nem profissional, foram condenados ao desemprego, à miséria, à fome, ao roubo e assalto para sobreviverem. A população repeliu-os por medo, tendo assassinado muitos a tiro. Até numa padaria uma padeira deu um tiro num marroquino, por mero receio e sem qualquer outro motivo, como apurado.

A exclusão social sofrida por estes imigrantes-convidados tem sido total, devido à auto-desresponsabilização do Estado, ao completo abandono a que foram votados. Todos os seus direitos humanos têm sido espezinhados pelo país da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Diga-se, à parte que é tradição francesa que os seus governos façam o contrário dos princípios proclamados pela Nação. Criticados pelos seus usos e costumes, por vezes agredidos apenas por serem magrebinos. Neste ambiente cresceram os actuais adultos, passando as suas experiências aos filhos. Três gerações condenadas pelos governantes franceses, que nada fizeram para a sua integração completamente falhada, por quem não foi concedido o menor apoio, nem social nem em estudos, nunca lhes dando a possibilidade de saírem do buraco em que a incompetência industrial e o governo franceses os colocaram.

A admiração e, pois, bem grande por estes motins actuais não terem começado muito antes. Que paciência e sofrimento têm passado estas famílias abandonadas por quem os convidou a imigrar, prometendo-lhes um futuro melhor? Agora, a meio dos motins, o governo promete concretizar os planos atrás mencionados sobre o alojamento e ainda aumentar o número de habitações sociais. Tarde demais, não? Tarde demais, sobretudo ao que respeita a incompetência dos políticos em se darem conta que com o crescente islamismo mundial provocado não pelos países europeus, mas pelos EUA, outros países se têm tornado mais facilmente atingíveis. A Inglaterra, país onde vivem muito mais muçulmanos que em França, embora em condições incomparáveis, tanto social como financeiramente, sem razão a reclamações justas, não conseguiu escapar injustamente. Como não contou o governo francês com os agitadores muçulmanos que se infiltrariam também no País, incitando a enorme massa de excluídos islâmicos existentes em França.

Em conclusão, aconteceu, houve imensas razões para acontecer não só era previsível como era de esperar ainda mais cedo e agora não terminará sem que pelo menos grande parte das reivindicações justas sejam satisfeitas. Promessas velhas de décadas já não chegam

De notar que embora o grande espaço atribuído a este assunto nos noticiários televisivos, os acontecimentos aqui relatados não são abordados. Fica assim quem não conhece sem nenhuma informação que lhe permita compreender os acontecimentos presentes. Uma vez mais, agradeçamos as informações desinformativas aos jornalistas incompetentes.

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Governo Decreta Miséria e Fome

A pobreza e a miséria em Portugal avançam a passo largo e firme. Os mais atingidos são, mais do que é óbvio num país em que a democracia é uma fantochada, aqueles que por natureza têm menos possibilidade de lhes fugirem: os idosos e os que necessitam de cuidados de saúde especiais. O presente governo mais não tem feito do que seguir nas pegadas do anterior, espezinhando os pobres em favor dos ricos. Manteve as regras que impedem o acesso à justiça aos pobres, a não ser aos mais miseráveis e a morrer de fome. Manteve o IVA em alto nível, que é um imposto anti-social, pois que é indiscriminador entre ricos e pobres, fazendo a todos pagar o mesmo, independentemente dos seus meios e ganhos. Os reajustamentos ao IRS provocaram outra discriminação por aumentarem todos, mas muitíssimo mais o imposto dos médios e pequenos ganhos. Em lugar disso, o governo deveria diminuir o IVA, baixar o IRS dos que menos têm e aumentar o dos que mais têm, instituindo um imposto sobre as fortunas, tal como existe em países democráticos, em que o IVA é muito mais baixo (há casos em que ronda os 10%) e o IRS é bem ajustado, contribuindo assim para uma justiça social, o que em Portugal, é meramente desprezado até pelo Partido Socialista. Veja-se bem que partidos temos, que nem seguem as suas próprias ideologias de base. Simultaneamente deveria, o governo, instituir o levantamento do segredo bancário e ampliar as fracas medidas até agora tomadas contra a fuga ao fisco. Algumas foram feitas, mas declaradamente insuficientes E continuam a afirmar-nos que Portugal é uma democracia, que estão a tomar medidas contra a pobreza e para o progresso. Falsidade! Mentira!

A CGTP propôs um aumento do salário mínimo excessivamente aquém das necessidades daqueles a quem ele se destinava. As respostas, tanto do ministro doas Finanças como do Presidente do Conselho de Ministros, foi que tal medida resultaria num aumento da inflação. Num país onde tantos habitantes passam fome e cerca de 5% passam-na em alto nível, um governo declara-se incapaz de resolver este assunto, ao ponto de não ter capacidade profissional nem mental de fazer os seus cidadão deixarem de passar fome sem aumento da inflação. Querem-nos fazer crer que aqueles que não têm dinheiro para se alimentarem nem para medicamentos, se pudessem suprir essas necessidades provocariam a inflação gozam com a gente tomando-nos por tão estúpidos como eles. Se fossem inteligentes de certo que contariam com um mínimo de inteligência da parte dos outros. Afinal, quem provoca a inflação, não serão aqueles, que num país miserável, com ordenados evidentemente roubados do bolso os contribuintes e por vezes bem superiores aos seus homólogos em países ricos, como o Governador do Banco de Portugal -- para citar apenas um dos membros do grupo -- que diz aos cidadãos honestos para apertarem o cinto, não comerem nem comprarem os remédios de que necessitam para sobreviver, enquanto ele pode esbanjar o dinheiro que lhe é mal pago, o dinheiro que nos é roubado para lhe dar? Mas que barbaridade e abuso são estes?

Então quem são estes abortos incapazes de nos governar, mas que se tomam por altamente inteligentes? Inteligentes, talvez, mas só se for em enganarem os papalvos para votarem neles e assim poderem viver à sua custa. Que partido socialista é este que não faz mais pelo povo do que os partidos da direita? São partidos portugueses. Os nomes mudam, mas a incompetência e a ganância permanecem tal e qual. A ideologia também é semelhante no que se refere a viverem à nossa custa, como parasitas.

Temos ouvido vários políticos fingirem armar uma guerra contra a corrupção na nomeação de altos funcionários para a administração pública. Ora, balelas! Grande espalhafato para dar nas vistas e angariar votos - nada de novo - pois que tal golpe de teatro foi acompanhado da criação duma desculpa oficial, mascarada de justificação, de que certos cargos (muitíssimos) não seriam postos a concurso democrático, mas continuariam submetidos a nomeações sob critério governamental. Volta o disco e toca o mesmo. Mais areia para os olhos dos contribuintes que pagam salários não a pessoas capazes, mas a militantes dos partidos e aos seus protegidos e compinchas.

Reparemos que os indivíduos que ocupam os cargos a que são atribuídos altos salários formam um grupo como que um clube de xadrez em que os participantes são sempre os mesmos. Na realidade, os governos limitam-se a demitirem uns, substituindo-os por outros do mesmo clube. Aos que são demitidos dá-se-lhes outro cargo, pelo menos tão bem pago como o anterior. Entretanto, como se tal não chegasse para encher as algibeiras dos componentes do grupo, rouba-se ainda mais o erário público pagando-se-lhes indemnizações reais. Num país onde cada vez há mais pobres, onde o fosso entre eles e os ricos não para de aumentar, onde ¼ da população vive abaixo do nível da pobreza e 5% passa fome de verdade, que podemos chamar aos que não só não corrigem a situação, mas bem pelo contrário nada mais têm feito senão agravá-la ao longo dos anos, senão como uma corja de bandidos, vigaristas e ladrões, na verdadeira acepção dos termos, ou pior, traidores, pois que são eles e mais ninguém os autores da desgraça da presente situação em que os Portugueses vivem. Pois, também vem de trás, já sabemos. Se os governos que receberam as fortunas que nos chegaram da União Europeias as tivessem usado para os fins que os receberam e não as tivessem corruptamente usado em proveito próprio e roubado, criando tantos novos-ricos, também de certo que não teríamos chegado ao ponto em que nos encontramos. Mas a maldade de uns não desculpa a malvadez dos outros. Só por maldade ou malvadez se pode enterrar um povo numa desgraça semelhante, estupidez e incapacidade não podem servir de desculpa porque não chegam

Sobre o salário mínimo, deve-se ainda considerar que o sistema não é o ideal. Em primeiro lugar há países na Europa onde a concepção do ordenado mínimo é inexistente. Todavia, em todos eles e sem excepção se ganha mais e se vive melhor do que em Portugal; o não deve ser novidade para ninguém. Em segundo lugar, o ordenado mínimo não tem grande serventia para além da de referência, pois que alguns dos países mais ricos não o têm. Não garante um ordenado compatível para ninguém, nada mais garantindo do que um mínimo para quem trabalhe com uma ocupação de 100%. E isto não tão tem senão esse valor.

O voto não é uma regalia, mas uma obrigação. É neste género de gente que devemos votar? Claro que sim, mas não somos obrigados a votar em seu favor, podemos muito bem votar contra. Podemos e devemos demonstrar a nossa discordância e crítica, jamais cobardemente pela abstenção, mas votando em branco. Evidentemente, quem pensar que alguém merece o seu voto, deve votar nessa pessoa, todavia só se tiver a certeza de que quem irá ocupar o lugar a que ele se candidatou será realmente aquele a quem deu o voto e não qualquer outro do partido em quem não votaria.

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