Panorama
A desorganização nestas organizações (chamamos-lhes assim) é quase
total. Todavia, não é pior do que a que grassa pela Administração Pública e de tudo o que
depende dum Estado governado por políticos cujos único interesse se manifesta na
angariação de votos para serem reeleitos e satisfazerem assim às necessidades das suas
ganâncias animalescas. Não fazem nada que dê trabalho, que leve mais tempo a se verem os
resultados do que o tempo duma legislatura e que tenha custos, porque não dá votos para
uma reeleição. Perdem o tempo e gastam todo o dinheiro do estado em mezinhas, auto
publicidade e outras coisas que dêem votos já para as próximas eleições. Para citar um
ponto simples, não se compreende que até aqui nenhum governo (talvez porque não tenha
havido nenhum digno desse nome) tenha reorganizado os seus ministérios judiciosa e
inteligentemente. Cada governo organiza os seus como melhor lhe parece, mas alguns erros
mantêm-se ou agravam-se. Alguém compreende que a polícia, trabalhando para o Ministério
da Justiça e dependendo das suas ordens e instruções, esteja sob a alçada do Ministério
do Interior? Há maus exemplos da mesma situação noutros países, e claro, quando os nossos
governos “super-inteligentes” copiam qualquer coisa, é sempre o que está mal, o contrário
seria novidade de espantar. Perpetua-se assim um erro já velho e anterior ao Estado Novo,
sem que isto possa servir de desculpa.
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Os dirigentes da Polícia, da Guarda e da Judiciária são designados por
escolhas políticas, que como todas as outras deste género, não são ditadas pela
competência, como aliás deveriam e poderiam ser. Sirva de exemplo contrário, o modo como
são feitas as nomeações de Oficiais Generais e Almirantes. Não são estes mais
responsáveis pela segurança nacional do que os outros? Somos nós os cegos, ou estão os
cegos mentais a atirar-nos areia para os olhos. Assim, cada governo cria a sua própria
desgovernação e junta-a à anterior.
Por outro lado, contrariamente ao que se passa nos outros países
europeus, deparamos frequentemente com rapazolas inexperientes em postos de comando
(tanto nas esquadras da P.S.P. como nos quartéis da G.N.R.). Por melhor que a sua
preparação profissional possa ter sido – se o foi – esses novatos não viveram ainda o
tempo suficiente para adquirirem conhecimentos humanos por experiência própria que lhes
permitam o exercício das suas funções de chefia e de decisão em condições aceitáveis, em
comparação com os outros países. A menos que sejam todos super-dotados desde crianças. Ou
que o facto de serem portugueses os faça super-dotados, quando a realidade é que em
países avançados os portugueses são geralmente considerados como comportando-se de modo
equiparado ao dos atrasados mentais.
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Uma das origens das falhas dos tribunais, embora longe de ser a
única, é a dos resultados das investigações levadas a cabo, quase sempre pela
Judiciária. A fraca inteligência das investigações, o desleixe e a auto
desresponsabilização (pragas nacionais e não características particulares destes
corpos), o tudo bem visto pelos próprios chefes e pelos sindicatos politizados,
tendo-se estes como defensores dos direitos dos trabalhadores, mas não contribuindo
para a satisfação das suas necessidades reais e primordiais, como os salários e as
reformas miseráveis, os uniformes que a maioria tem que comprar da sua magra
algibeira, dos direitos à saúde e à justiça dignos iguais para todos, assim como à
contínua formação profissional que lhes garanta verdadeiro profissionalismo em lugar
do amadorismo que demonstram nas suas funções e avanço justificado e emprego
duradouro.
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Opiniões Baseadas em Interesses Ilícitos
A este propósito pode-se mencionar a declarada incompetência dos
sindicatos, os quais em lugar de defenderem as necessidades das forças policiais, que são
muitas e autênticas, ocupam-se na verdadeiramente estúpida pretensão de que as suas
organizações mantenham a reforma na idade insólita de 55 anos, quando em todo o mundo essa
idade está a ser aumentada, nalguns casos existindo já grande pressão na via dos 70 anos.
Para cúmulo, fazem demonstrações no mínimo desarazoadamente tolas, apresentando-se agentes
com bengala a dizerem que não podem ir trabalhar para a rua com idade «avançada». Mas que
fantochada!
Porque não hão-de os agentes trabalhar até aos 65 anos como toda a
gente? Se analisarmos os motivos aventados estes caiem logo por terra e não são de modo
nenhum a considerar, senão vejamos um exemplo. A PSP, por exemplo, está cheia de
escritórios, ao que parecem demasiados. Se entrarmos para ver, verificamos que não há um
só “velho” a trabalhar na quase totalidade deles. Pergunta-se: Então não podem pôr toda
aquela rapaziada na rua e colocar lá todos os que dizem precisar de bengala? Fantochada!
Sobretudo quando há tantos e tantos assuntos que afectam de verdade esse pessoal e de que
deveriam reclamar. Em vez disso armam-se em parvos, ou tomam o povo por muito mais parvo
do que aquilo que já é.
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Comportamento Troglodita
Desde há algum tempo para cá, aqueles que há uns anos fugiam
cobardemente do barulho, têm começado a demonstrar uma progressiva arrogância acompanhada
de actos de maior selvajaria e brutalidade selvagem. Isto foi já provado em duas ocasiões.
Numa delas, querendo apanhar alguns bandidos, quando um deles entrava para uma fábrica
desafectada, um selvagem matou-o a tiro. Na outra, em 7-2-06, quando faziam uma operação
de controlo mandando parar automobilistas, numa altura em que os agentes estavam todos
ocupados, sinalizaram tardiamente a um automóvel que passava com o seu condutor e duas
crianças pequenas atrás, este não se deu pelo sinal. Houve logo um troglodita da PSP que
desatou a disparar sobre a traseira do automóvel. Por milagre não matou ninguém, mas
desorientou o condutor o suficiente para obrigar este a despistar-se e chocar com outro
veículo que vinha em sentido contrário. A prova de que o condutor do automóvel alvejado
pelo atrasado mental armado seguia lentamente ficou demonstrada pelos relativamente
pequenos estragos dos dois veículos. Segundo as testemunhas que contaram este caso na
televisão, como até aqui transcrito, não contentes com as suas acções indignas, após terem
disparado maldosamente sobre o condutor, quando este saiu do veículo que conduzia com as
mãos no ar, o bando de trogloditas selvagens atirou-se a ele a espancá-lo em frente das
crianças e das testemunhas que assim o contaram. Em Fevereiro de 2006, um paramilitar da
Guarda Republicana assassinou uma criança a tiro, abatendo-a como se fosse um coelho.
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Os Trogloditas Estão Para Ficar
Há que pôr cobro a uma situação selvagem só encontrada nas mais pesadas
ditaduras de países obscuros. Nunca em Portugal existiu semelhante situação, nem mesmo nos
piores tempos do Estado Novo, em que a única brutalidade e falta de liberdade era a dos
jornalistas que hoje nos enganam e a dos políticos que hoje nos parasitam. Quem não o sabe
que aprenda com os que assistiram e não são políticos, não têm ideias políticas a
defender, nem razão para mentir. Comportamento canalha que deve ser duramente reprimido,
mas que uma população tão espertalhões não contesta por estar inchada e anestesiada pelo
orgulho que os políticos lhe insuflam. Mantêm-se, pois, os carneiros, já que – como diz o
velho ditado – cada povo tem o governo que merece.
As forças policiais portuguesas prendem, julgam, condenam e aplicam a
pena. Estas acções são aquelas que por todo o mundo fazem o nome de Portugal e são tão
anormais e praticadas por gente tão nojenta que qualquer classificação ou comentário, por
pior que seja, ficará sempre aquém da realidade. Mantêm o nome do País nas listas negras
de todas as organizações de Direitos Humanos.
Pode todavia afirmar-se sem qualquer dúvida, que à parte as
demonstrações de baixeza daqueles que as praticam (a que se renunciou comentar, como atrás
dito, por falta de palavras que exprimam tão grande baixeza), os seus chefes e políticos
que permitem que uma força policial se torne num bando de assassinos indignos por falta de
preparação e treino, são, afinal, os verdadeiros culpados. Sim, porque a preparação, além
daquilo que é administrado, sobretudo quando os formandos têm origem num povo tão atrasado
como o português, têm obrigatoriamente que incluir formação cívica e moral, assim como
todos os ingredientes que componham essas aptidões, o que, indubitavelmente estes casos e
tantos nos gritam a negar que assim seja. Resta alguma dúvida de que os agentes de polícia
não são formados para operarem num estado democrático? Assim os políticos e os seus
chefes, nomeados de entre os militantes dos partidos, o decidem.
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Na Massa do Sangue e Com muito Orgulho
No meio de toda esta confusão a que se quer dar uma aparência de
falsa serenidade, temos a actuação dos vários tipos de polícia, que é, afinal, muito
semelhante entre elas. Outra coisa não seria de esperar, dados os factos principais:
(1) todos fazem parte da mesma família de incapazes e ignorantes arrogantes que se
formou nas últimas décadas, o que os obriga a um comportamento comum, desapropriado,
que denota a falta de preparação e de competência, o estado de mentalidade, os maus
sentimentos gerais, donde se podem destacar (2) o modo de actuação durante o seu
trabalho e os espancamentos dos cidadãos, tanto dentro como fora das suas
instalações, cuja crítica merecida lhes é feita por todas as organizações
humanitárias e defensoras dos Direitos Humanos, fazendo o nome de Portugal aparecer
em todos os relatórios mundiais sobre o assunto, o que coloca o país atrás de todos
aqueles do terceiro mundo que não sigam tais práticas incivilizadas e selvagens.
Afinal, é simples, na impossibilidade de resolverem os seus
problemas como gente civilizada, por incapacidade profissional e falta de civismo, os
agentes da ordem mostram os seus sentimentos de selvagens trogloditas. Por demais com
o apoio e a complacência dos seus chefes, já que punições em conformidade não são de
memória. Desenganemo-nos, não vivemos numa democracia.
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A Quem Cabe a Responsabilidade?
Com as três forças do título deste assunto tudo se passa de forma
idêntica. No entanto, e menos ainda que com a justiça, a culpa não reside toda do
lado daqueles que, neste caso, praticam o mal. Afinal, não têm as normas da instrução
e da preparação destas forças a mesma origem nos mesmos políticos que assim as
decidem e as aprovam? Políticos extremamente gananciosos, mas também extremamente
incapazes. O modo como governam é uma afronta e uma traição ao povo soberano.
Os carneiros agradecem reconhecidos por ainda estarem vivos, pois
que com a matança dos velhos e dos doentes até é uma sorte.
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